6 tendências de alimentos para ampliar a experiência no supermercado

Especialista aponta as principais estratégias para conquistar o consumidor

Um supermercado estagnado é como um alimento com prazo de validade pendente: uma hora terá sua vida finalizada. Pode parecer um alerta exagerado, porém, esse é um setor de concorrência que investe pesado e as dinâmicas do consumidor ditam tendências cheias de variáveis.

A qualidade de vida tem se tornado uma das prioridades do consumidor moderno. Por isso, os alimentos saudáveis e frescos estão em alta – como nunca antes. Essa tendência, que emergiu nos últimos anos, sacudiu o varejo em todo o mundo.

Devido à preocupação com a saúde, a comida orgânica abriu novas portas nos supermercados e, hoje, novas categorias de produtos saudáveis estão disponíveis nas gôndolas, inclusive alimentos que são produzidos localmente e em espaços conceituais voltados ao tema.

As principais mudanças do “Retail Marketing”, segundo Philippe de Mareilhac, CEO Global da Market Value, agência focada em Design e Arquitetura de Varejo da multinacional francesa Team Creátif, estão sintetizadas em apenas uma necessidade: a busca por “comida de verdade”.

“Os consumidores precisam acreditar e ter uma causa. A nova geração realmente se importa com a questão da sustentabilidade no ponto de venda. É uma revolução e realidade global”, afirma Philippe.

Confira as 6 tendências apontadas pelo executivo francês – e que já estão se consolidando no varejo europeu:

Orgânico é básico

Considerados básicos em diversos pontos de venda, os alimentos orgânicos seguem em alta. Por exemplo, a francesa Casino (controladora do Grupo Pão de Açúcar) tem bandeiras como a Naturalia e a Naturalia Vegan, que visa atrair clientes mais exigentes com a origem dos produtos. “A saúde é a chave central, com as empresas desenvolvendo novas categorias abaixo dela”, ele explica.

Produção local

Diferentes redes de varejo oferecem alimentos produzidos a curtas distâncias e destacam tal informação na comunicação. Mas qual é a vantagem nesse modelo de negócios? Para muitas delas, isso evita gastos com transporte, diminui a emissão de poluentes e incentiva a economia da região.

“Muitos mercados colocam em destaque quando os produtos são cultivados há não mais que 20 quilômetros das lojas onde são vendidos. As pessoas querem a procedência e dar valor ao produtor local”, ele comenta.

Feito em casa

Esse conceito tem se difundido nas redes varejistas, uma vez que os clientes gostam de ver produtos sendo fabricados, como se estivessem na cozinha de casa. Um exemplo dessa ação está na loja-conceito do Carrefour Pamplona, em São Paulo, onde a prática já foi adotada na produção de pães e sushis, entre outros alimentos.

Espaços especializados

Separar, dentro do ponto de venda, espaço conceituais é uma forma de demonstrar qualidade e know how. Espaços como “sushi corner”, “italian gourmet” e “chocolate belga” estão presentes em diversos supermercados da Europa.

“Os varejistas têm montado pequenos ‘corners’ de produtos orgânicos ou frescos. Tudo vai ficando mais específico”, conta. Em São Paulo, a loja Eataly, de produtos de origem italiana, é um exemplo desta prática.

Food Entertainment

Como tem sido provado em diversos programas culinários da TV aberta, como o Master Chef, a comida virou entretenimento. E, no varejo, isso não é diferente! “As lojas estão montando experiências que vão além de simplesmente oferecer comida. Fica mais interessante e excitante ir às compras”, conta Philippe de Mareilhac.

Não ao desperdício

O ato de fazer compras, como antigamente, de produtos a granel é uma das tendências do varejo global, de acordo com o especialista. Essa ideia está em alta porque os consumidores querem menos embalagens, menos rótulos e, claro, menos desperdício.

“Na Europa, a venda de produtos a granel voltou a ser extremamente popular, mesmo para produtos que, tradicionalmente, não eram vendidos assim. Em muitos lugares, você leva sua própria garrafa de uísque e paga para enchê-la, em vez de comprar uma nova. Com o azeite, a mesma coisa”, conta o CEO da Market Value.

E aí, supermercadista? O que achou dessas tendências? Aprofunde alguma dessas ideias e conquiste o seu consumidor que está ávido por melhores experiências dentro do seu supermercado!

Fonte: http://apasshow.com.br

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